Roubou o próprio banco para 'salvar' loja de bebés da mulher
Ministério Público pede pouco mais de cinco anos de prisão de pena efetiva. Defesa quer "pena suspensa".

É conhecida esta terça-feira, 12 de maio, em Braga, no Tribunal Judicial da Comarca, a sentença do caso que levou até às barras da Justiça ex-gerente do Banco Santander Totta de Forjães, Esposende. O qual é acusado de ter desviado mais de 650 mil euros, dos quais mais de 400 mil em dinheiro vivo. O Ministério Público (MP) pede pena efetiva, mas o advogado de defesa do ex-bancário, de 46 anos de idade, pede pena suspensa.
"Pena ligeiramente superior a cinco anos", foi o pedido do MP para ex-bancário, gerente do Santander Totta durante oito anos na dependência bancária de Forjães, que é acusado de "Crime de falsificação de documentos" e de "burla qualificada". Conhecido e respeitado em Esposende, onde trabalhou mais de 20 anos como bancário, Fernando Amaro "desviou" dinheiro para atenuar dívidas de loja de bebés da qual a mulher era gestora.
O plano consistia na movimentação de contas a débito "a descoberto".
"Criou 830 limites de descoberto e associadas a seis clientes num total de oito contas", refere acusação. Esta situação levou ainda à falsificação de assinaturas de cinco clientes em 87 impressos de levantamentos. "Em dinheiro levantou 412 mil e 759 euros, inclusive com talões de levantamento falsificados da sogra", diz acusação, indicando que nas operações utilizou ainda a conta bancária do falecido sogro, da mulher, de um primo e esposa deste. "Também procedeu à utilização de contas de um amigo próximo e uma conta de que mantinha também titularidade de um tio e do próprio pai", diz acusação.