Dono da discoteca Kayene morre em acidente de trabalho na dicoteca
Um acidente de trabalho na Discoteca Kayene, em Ourém, vitimou um dos seus donos, José Alberto Faria, de 49 anos.

Uma das mais conhecidas discotecas da região de #Leiria e Fátima, a Kayene, em Gondemaria, foi ontem palco de um #Acidente de trabalho que vitimou um dos seus sócios, José Alberto Faria, de 49 anos, e que deixou consternada toda a população e habituais clientes deste espaço de referência. José Alberto Faria estaria a proceder a algumas obras dentro das instalações da discoteca, e em condições ainda não explicadas, acabou por cair de uma grua, tendo depois ficado preso debaixo de uma plataforma elevatória. Apesar do socorro pronto da parte dos bombeiros e das muitas tentativas de reanimação, o óbito acabou por ser declarado ainda no local, segundo informação de Hélder Silva, dos Bombeiros Voluntários de Caxarias.
Kayene: referência na noite
Localizada em Gondemaria, no concelho de Ourém, e numa região estratégica, praticamente a meio caminho de Fátima e Leiria, a Kayene há muito que se afirmou como uma das discotecas mais procuradas na zona. Os seus dois ambientes distintos, disco e danceteria, acabam por conseguir uma simbiose que leva pessoas de todas as idades a procurar esta conhecida casa nocturna.
Acidentes de trabalho
Apesar de todas as campanhas de prevenção levadas a cabo por entidades públicas e privadas, os números de mortos em consequência de acidentes de trabalho, continuam em Portugal a ser bastante acima da média europeia. Em 2016, por exemplo, em Portugal existiram 141 vitimas mortais em acidentes de trabalho, sendo que a maioria ocorreram em Lisboa e Porto.
Um estudo mais aprofundado, permite ver que a maioria das vitimas são trabalhadores não qualificados, de pequenas empresas do ramo da construção civil.
Quanto a 2017, só no primeiro semestre, já ocorreram 54 acidentes de trabalho mortais, sendo que a maioria ocorreu durante o mês de Fevereiro. Segundo os dados da Autoridade das Condições de Trabalho, a maioria das vitimas é do sexo masculino (47), de nacionalidade portuguesa e com idades compreendidas entre os 45 e os 54 anos, sendo que a construção continua no topo dos sectores com mais mortes (16), seguida da produção (15).
Apesar destes números continuarem acima das médias europeias, continua a tendência de queda no número de mortalidade relacionada com acidentes de trabalho, num claro indicador que as campanhas intensas que têm sido levadas a cabo, começam finalmente a ter resultados palpáveis e a deixar uma esperança no futuro.