Lágrimas em directo: Jota chora ao cantar para a Nonô
Leonor, cinco anos, lutou até ao fim contra um cancro nos rins. Jota não contém as lágrimas ao relembrar.

Meses depois da morte da pequena Leonor, os pais encontraram, na ajuda a meninos com cancro, uma saída para afugentar a saudade. "Ainda ouço a voz dela", diz a mãe sempre que fala no assunto. O caso da princesa Nonô comoveu o país que viveu, dia após dia, a luta da menina contra um cancro nos rins. Apesar da história ter tido um final trágico, os pais da menina têm muito a ensinar a quem passa por estas situações. O programa Queridas Manhãs, da SIC, recordou a história e os ensinamentos de um casal totalmente destroçado.
O livro que homenageia Nonô, Uma princesa poderosa, já está nas bancas. Uma história de saudade mas sobretudo de aprendizagem com as rasteiras da vida. E que rasteira...
perder uma filha. A dor ensinou os pais a viver "cada dia e cada minuto como se fosse último". A música interpretada por Marisa "O tempo não pára" era uma das preferidas da princesa Leonor. "Estava sempre a cantá-la" lembra o pai. João Paulo Rodrigues quis fazer uma homenagem aos pais e à menina, chamou o guitarrista e cantou. Ao longo da letra, cantada por Jota, iam aparecendo fotografias de uma menina sorridente, bem-disposta e com uma luz que transbordava esperança.
Os arrepios e as lágrimas, ao ouvir cada palavra de uma letra carregada de emoção, não tardaram a aparecer. O pai de Nonô não se conteve. Um aplauso, de pé, de todos os que no estúdio e em casa assistiam ao momento. O abraço de Jota ao pai de Nonô e as lágrimas.
Dos dois. O apresentador já nem conseguiu falar mais. O guitarrista que o acompanhou também se deixou levar pela emoção e chorou. Júlia Pinheiro pediu um aplauso de pé para a menina e todos corresponderam.
Leonor padecia de um tumor bilateral de Wilms, um deles, já com 16 cm, pressionava o rim contra o umbigo. As dores de barriga insuportáveis trouxeram a pior notícia possível: um cancro nos rins. Seguiram-se meses de luta, as idas ao estrangeiro e a esperança de que o sorriso de Nonô nunca desaparecesse. E apesar da luta ter sido desigual, Leonor só a perdeu porque: "quando se faz batota é muito mais fácil ganhar".